terça-feira, 6 de novembro de 2007

PENSAR NA ESTRATÉGIA E AGIR

UM TEMA PARA DISCUSSÃO-ESTÃO TODOS CONVIDADOS
Que estratégia autárquica?É inevitável.

O assunto anda no ar e é clara a movimentação, mais ou menos conhecida, dos protagonistas.
Falo do posicionamento para os próximos desafios autárquicos. O silêncio domina, contrariamente ao que seria expectável. O percurso sólido e exaustivo de uma oposição que estivesse presente, que incomodasse e que, sobretudo, se desse a conhecer, nos municípios onde o PS é oposição não é digno de registo.
No Porto a situação é evidente. Resta saber que alternativas vai o partido apresentar em concelhos teoricamente mais fáceis, como Valongo ou a Maia.Já nem sequer falo de Gaia, onde autarcas de freguesia socialistas andam de candeias às avessas com os órgãos concelhios.
E que dizer de Matosinhos? A proto-candidatura de Narciso Miranda trabalha já, acentuadamente, para evidenciar o que, provavelmente, será a tarefa impensável que o PS tem para resolver na Área Metropolitana do Porto.Há um ditado que é para aqui chamado e que condensa a atitude de quem vence eleições internas e coloca todos os outros no armário: “Não se apanham moscas com vinagre”. E esta máxima dificulta a hercúlea tarefa que o PS vai enfrentar nas próximas autárquicas na Área Metropolitana do Porto e não só.Que estratégia e nome poderá enfrentar Rui Rio? As eleições internas para o PSD dificultaram, ainda mais, a tarefa do PS na Área Metropolitana. Rio continuará de pedra e cal na sua recandidatura.
Gaia, com ou sem Menezes, será um bastião difícil de retirar, Gondomar deixa dúvidas com o carisma do major.
Valongo e Maia não têm mostrado uma oposição socialista à altura dos mandatos de Fernando Melo e Bragança Fernandes.
E Matosinhos pode mostrar à saciedade como a estratégia autárquica se começa a delinear no dia seguinte às eleições e, ininterruptamente, todos os dias dos quatro anos de mandato. É claro que os partidos e alguns políticos fazem letra morta desta pedagogia e deixam a marcação cerrada para alguns meses antes do escrutínio. Um erro crasso.
Outro erro é ostracizar protagonistas, fazendo fermentar alternativas próprias, e este amargo de boca adivinha-se a cada passo no silencioso posicionamento de nomes e hostes do PS/Porto. Orlando Gaspar deu o primeiro grande sinal, mas há quem, sem dar sinais e escrever cartas a notáveis, esteja a construir alternativas aos próprios autarcas PS, em municípios onde o partido tem dominado em absoluto. Se assim é quando o partido é poder, é fácil adivinhar o fosso em concelhos onde o PS é oposição. Ou será que alguém percebe qual é, afinal, o papel e o trabalho patenteado pelo partido em Valongo, ou na Maia? Qual o órgão de comunicação que tem noticiado esse trabalho político?No Porto não serão os famosos notáveis que vão reeleger Rui Rio, mas a população, que elege os autarcas não vê muito mais que Rio no horizonte.
Como um dia disse Confúcio: “O sábio é lento no seu pensamento e rápido nas suas acções”.Ora nós não seremos sábios, mas a acção, o avanço, a estratégia estão disponíveis para qualquer simples mortal.
Paula Esteves
publicado no Blog - www.vimaraperesporto.blogspot.com

Um comentário:

Anônimo disse...

Paula Esteves
Não duvide que as próximas eleições autárquicas, vão ter uma importância capital para o futuro da política do país e em particular do PS.
Será um teste à capacidade dos dirigentes,à vontade dos militantes e à confiança de todos os agentes e elites locais e regionais.
As eleições autárquicas envolvem todo o partido.São muitos os que "empenham" o seu nome, o saber e a disponibilidade e se apresentam como candidatos aos mais diversos cargos.Estas eleições são as que criam mais mobilidade e as que estão mais voltadas para a sociedade civil e para o quotidiano das populações. Talvez por isso, sejam a meu ver, as mais exigentes.
Há pois,que saber aproveitar esse impulso,evitando as pequenas(?) guerras de aparelho,que por vezes,tendem a adulterar um clima de trabalho que se quer,responsável fecundo e fraterno.

Posso afirmar sem ser quimérico, que pelas suas características sociais e culturais, o distrito do Porto,a sua área metropolitana e a própria região,são espaços privilegiados para uma acesa
luta eleitoral, que vão dar algumas dores de cabeça ao PS.
Poderá ter alguma influência ou não o estado de graça do PS na altura, mas terá muito mais, a escolha das personalidades que vão ser escolhidas, para protagonizarem esses combates, que devem ser feitos em função de objectivos concretos e não de quaisquer outras circunstâncias ou conveniências.
Será de todo desejável que as candidaturas sejam encontradas com a colaboração conivente das estruturas e com a participação directa de todos os militantes.
Escolher os melhores entre os melhores,não é tarefa fácil, mas é a única capaz de dar alguma esperança de vitória.
Como se vai sabendo, já andam por aí candidatos por conta própria,acompanhados pelas suas tropas. Não sei onde para a Concelhia e a Distrital. Mas o mais certo é que, quando aparecerem já vêm a reboque.
Se forem mantidas as mesmas regras e os mesmos procedimentos,das escolhas anteriores,em que os candidatos mais pareciam ter saído de um Sínodo do que propriamente de um partido político,não se pode esperar grande coisa.
Será o mais do mesmo???...
Será mais uma vez a sina do PS???..

Por isso,todas as suas interrogações são também as minhas.
Por isso é que eu concordo que não é com vinagre que se apanham moscas mas elas são tantas, que não se sabe o que fazer com elas,sem recorrer ao profilático "DUM-DUM".

Não podemos permitir que a história se repita.
Ainda hoje estamos por saber quais as causas e se houve causadores que contribuíram para que o PS tivesse perdido as eleições AUTÁRQUICAS E PRESIDENCIAIS no mesmo ano em que Ganhamos a maioria absoluta no Parlamento e formamos este Governo.
Já chega de tanta frustração.
Cumprimentos
CS